terça-feira, 13 de abril de 2010

Manifesto do Destemor

Medo: um sentimento dúbio que se abate sobre nossos corações quando queremos (ou temos que) fazer algo cujas conseqüências podem não ser boas. Mesmo que o máximo que possa ocorrer seja vomitar no meio do parque de diversões. Enfim, o medo é aquela pontadinha no coração, aquele frio na barriga que tenta nos impedir de prosseguir, seja no que for.

Dizem até que o medo é o pai da prudência, aquela virtude que todo mundo tem que ter. Ou, pelo menos, que todo genro deveria ter. Ou seja, o medo é que nos salva diuturnamente da morte prematura, impedindo-nos de pular da Rio-Niterói para se refrescar um pouco no mar.

Pois quanto a mim, às favas com o medo. Melhor o enfarto com a boca cheia de picanha gorda do que a miséria de gosto da salada sem graça. Melhor a rodada com o coração cheio de adrenalina do que a monotonia dos oitenta por hora. Melhor o choro da despedida do que jamais ter ido.

Lambuzar-me-ei sem contar calorias. Beberei até ter o sol por companheiro. Amarei sem medo de coração partido.

Melhor a vida vivida do que viver sem vida.

Criciúma, 5 de abril de 2005. 00:42.

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